O que é deficiência visual?
É o comprometimento parcial (de
40 a 60%) ou total da visão. Não são deficientes visuais pessoas com doenças
como miopia, astigmatismo ou hipermetropia, que podem ser corrigidas com o uso
de lentes ou em cirurgias.
Segundo critérios estabelecidos
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) os diferentes graus de deficiência
visual podem ser classificados em:
- Baixa visão (leve, moderada ou
profunda):
Compensada com o uso de lentes de
aumento, lupas, telescópios, com o auxílio de bengalas e de treinamentos de orientação.
- Próximo à cegueira:
Quando a pessoa ainda é capaz de
distinguir luz e sombra, mas já emprega o sistema braile para ler e escrever,
utiliza recursos de voz para acessar programas de computador, locomove-se com a
bengala e precisa de treinamentos de orientação e de mobilidade.
- Cegueira:
Quando não existe qualquer
percepção de luz. O sistema braile, a bengala e os treinamentos de orientação e
de mobilidade, nesse caso, são fundamentais.
O diagnóstico de deficiência
visual pode ser feito muito cedo, exceto nos casos de doenças degenerativas
como a catarata e o glaucoma, que evoluem com o passar dos anos.
Como lidar com a deficiência
visual na escola?
A escola pode recomendar aos pais
e responsáveis que busquem fazer o exame de acuidade visual das crianças sempre
que notarem comportamentos relacionados a dificuldades de leitura, dores de
cabeça ou vista cansada durante as aulas.
Compartilhe a organização dos
objetos da sala de aula com o aluno, a fim de facilitar o acesso e a
mobilidade. Mantenha carteiras, estantes e mochilas sempre na mesma ordem,
comunique alterações previamente e sinalize os objetos para que sejam
facilmente reconhecidos.
O aluno cego tem direito a usar
materiais adaptados, como livros didáticos transcritos para o braile ou a
reglete para escrever durante as aulas. Antecipe a adaptação dos textos junto
dos educadores responsáveis pela sala de recursos, que deve contar com máquinas
braile, impressora e equipamentos adaptados.
A alfabetização em braile das
crianças com cegueira total ou graus severos de deficiência visual é simultânea
ao processo de alfabetização das demais crianças na escola, mas com o suporte
essencial do Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Vale lembrar que, de acordo com o
Decreto 6.571, de 17 de setembro de 2008, o Estado tem o dever de oferecer
apoio técnico e financeiro para que o atendimento especializado esteja presente
em toda a rede pública de ensino. Mas cabem ao gestor da escola e às
Secretarias de Educação a administração e o requerimento dos recursos para essa
finalidade.
Oferecer ambientes adaptados, com
sinalização em braile, escadas com contrastes de cor nos degraus, corredores
desobstruídos e piso tátil, é mais uma medida importante para a inclusão de
deficientes visuais. O entorno da escola também deve ser acessível, com a
instalação de sinais sonoros nos semáforos e nas áreas de saída de veículos
próximas da escola.
Todos os padrões de adaptação
física da escola para receber alunos com deficiência estão no documento
elaborado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas "NBR 9050 -
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos".
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