Os Surdos não são Mudos
Muito se
confunde sobre a associação do termo “surdo-mudo”, considerado um equívoco
cometido por grande parte da sociedade. É comum a confusão, pela relação que se
faz da dependência que a fala tem sobre a audição, aprendemos a falar ouvindo
os outros falarem. Assim, se os deficientes auditivos não podem ouvir, logo não
aprendem a falar.
Porém essa
lógica é considerada um equívoco, pois a nomeação de “mudo” advém de um
indivíduo que não utiliza seu aparelho fonador, e o surdo pode sim produzir
alguma sonorização vocal, mesmo aqueles que se comunicam através da linguagem
de sinais e não saibam falar, apresentam sons vocais ao sinalizar e utilizam da
voz quando estão em perigo. Além disso, podem desenvolver a linguagem oral por
meio de um tratamento com um fonoaudiólogo.
A linguagem
de sinais tem grande importância na vida dos surdos que não possuem a linguagem
oral, ela é o meio de comunicação e expressão destes indivíduos, desempenhando
papel importante como a própria fala possui.
Os Surdos e a Cor Azul
O nome Setembro Azul
A Fita AZUL
A escolha da
Fita Azul se deve pelo de no início da Segunda Guerra Mundial, Hitler, e muitos
alemães não queriam ser lembrados dos indivíduos incompatíveis com seu conceito
de “raça superior”, indivíduos que tinham algum tipo de deficiência física,
retardamento ou doença mental eram executados pelo programa que os nazistas
chamavam de “T-4” ou “Eutanásia”.
Os nazistas
obrigavam as Pessoas Com Deficiência (PcD) a usarem uma faixa de cor azul
fixada no braço, sendo identificados e mortos pelos Nazistas, porque eles
acreditam que os as pessoas com deficiência eram incapazes e dentre estes, os
surdos eram classificados, não reconheciam o potencial dos Surdos, sendo assim
a cor escolhida pela comunidade surda para representação foi a cor Azul
Turquesa por ser uma cor "viva" e melhor representar o SER SURDO.
O programa
“T-4” ou “Eutanásia” não poderia ter funcionado sem a cooperação dos médicos
alemães, pois eram eles que analisavam os arquivos médicos dos pacientes nas
instituições em que trabalhavam, para determinar quais deficientes deveriam ser
mortos e, ainda por cima, supervisionavam as execuções daqueles que deveriam
por eles serem cuidados.
Os pacientes
“condenados” eram transferidos para seis instituições na Alemanha e na Áustria,
onde eram mortos em câmaras de gás especialmente construídas para aquele fim.
Bebês deficientes e crianças pequenas também eram assassinados com injeções de
doses letais de drogas, ou por abandonamento, quando morriam de fome ou por
falta de cuidados. Os corpos das vítimas eram queimados em grandes fornos
chamados de crematórios.
Nesse
período algo em torno de 200.000 deficientes foram assassinados pelos nazistas
entre 1940 e 1945. O programa T-4 tornou-se o modelo para o extermínio em massa
de judeus, ciganos, testemunhas de Jeová e outras vítimas, nos campos equipados
com câmaras de gás criados pelos nazistas em 1941 e 1942.
A comunidade surda ainda escolheu a cor Azul
Turquesa, por ser uma cor "viva" para representa o SER SURDO, por não
termos vergonha de sermos surdos, pois nós temos a nossa própria Língua de
Sinais que faz parte da Cultura Linguística e também lutamos por sermos
respeitados pela Sociedade Brasileira. Passamos por várias lutas e conquistamos
muitos de nossos objetivos.
A escolha do
mês de SETEMBRO
O mês de
Setembro é mundialmente comemorativo, pois é repleto de datas significativas
que refletem a história de lutas e conquistas da Comunidade Surda. Algumas
datas se destacam nesse mês:
Dias 6 e 11
de Setembro: marco triste para esta comunidade. Lembrança do Congresso de Milão
(1880) no qual foi proibido o uso das Línguas de Sinais na Educação dos Surdos.
Dia 26 de
Setembro: Dia Nacional do Surdo (Lei Nº 11.796 de 29 de Outubro de 2008).Nesta
data, em 1857, foi fundada a primeira escola de surdos no Brasil pelo prof.
Francês surdo Eduard Huet, o atual INES – Instituto Nacional de Educação dos
Surdos, que fica no Rio de Janeiro.
Dia 30 de
Setembro: Dia Internacional do Surdo.
Surdo pode dirigir, mas deve usar adesivo em carro
Quem tem deficiência auditiva pode obter a carteira de
habilitação, uma vez que o principal sentido exigido para essa prática é a
visão. Porém, é necessário que o motorista que não ouve utilize um adesivo no
veículo com o símbolo internacional de surdez -uma exigência pouco conhecida.
O símbolo serve para
alertar os demais motoristas de que o condutor do veículo é portador de
deficiência auditiva, o que gera maior segurança e respeito à condição especial
do condutor no trânsito.
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